O ácaro-rajado é a segunda espécie mais frequente em soja no Brasil, habitualmente é mais agressiva do que o ácaro-verde, porém é muito sensível a chuvas, predadores e patógenos. É notado em ataques intensos em soja, e, de forma semelhante ao ácaro- verde, é favorecido pela estiagem e uso de fungicidas e inseticidas piretróides, especialmente quando pulverizados desde a fase vegetativa da soja. As ninfas do ácaro-rajado são semelhantes às do ácaro-verde, porém possuem coloração verde com duas manchas escuras dorso- lateralmente na porção anterior do corpo. Adultos: As duas manchas dorso- laterais típicas desta espécie são mais escuras nos adultos, especialmente nas fêmeas. Eventualmente podem ocorrer fêmeas de coloração laranja a vermelha. O formato do corpo da fêmea e do macho é semelhante ao do ácaro-verde, porém apresenta setas dorsais mais longas e finas. Seus ovos são brilhantes, com coloração que, com o passar do tempo, varia de translúcida, creme a branco leitoso. Todas as fases do ácaro-rajado vivem em colônias abrigadas sob teia que é produzida em grande quantidade na face inferior das folhas.
Seu ataque prejudica a atividade fotossintética da folha. Produzem minúsculas pontuações cinzas-clara que evoluem rapidamente para manchas contínuas acinzentadas na face inferior da folha, enquanto que na face superior ocorrem manchas amareladas. Apresentam ataque concentrado em pequenas manchas na folha. Folhas de uma mesma planta podem apresentar intensidades de ataques muito diferentes entre si. Na lavoura são notadas pequenas reboleiras com plantas intensamente atacadas, com aspecto amarelado. Em casos de ataque intenso, reboleiras vizinhas podem se fundir formando grandes áreas atacadas, podendo ocorrer queda prematura de folhas.