O ácaro-verde é a espécie mais frequente em soja no Brasil, porém é menos agressiva do que os demais ácaros. Na maior parte dos casos ocorre em baixa densidade, porém surtos populacionais podem ocorrer devido a estiagem e uso de determinados agrotóxicos, como fungicidas e inseticidas piretróides, especialmente quando pulverizados desde a fase vegetativa da soja. Ocorrem 3 fases ninfais, todas de coloração verde- claro, no primeiro instar possuem seis pernas e a partir do segundo instar oito pernas. Entre cada instar ocorre uma fase quiescente, para a troca de pele (ecdise). Adultos: São de coloração verde com as quatro pernas dianteiras de coloração amarelo-ouro. A fêmea é elíptica e o macho é menor e tem forma de pêra, com a porção anterior mais larga do que a posterior. Apresentam setas dorsais relativamente mais curtas e mais largas em relação aos demais ácaros da soja. Seus ovos são pouco brilhantes, com coloração que, com o passar do tempo, varia de translúcida, creme a branco leitoso. Os ovos são depositados ao longo de toda a folha, principalmente na face inferior e junto às nervuras. Produz pequena quantidade de teia, utilizada para fixar os ovos na folha e no processo de dispersão pelo vento.
Seu ataque prejudica a atividade fotossintética da folha. Produzem minúsculas pontuações cinzas-clara na folha que se concentram inicialmente na face inferior e junto das nervuras e com o passar do tempo se distribuem por toda a folha deixando-a com coloração acinzentada. Folhas de diferentes posições na planta apresentam intensidade de ataque semelhante entre si, com tendência de menores densidades no interior do dossel, pela ação de inimigos naturais. O ataque é bem distribuído na lavoura, inicialmente as reboleiras são pouco definidas, mas com o passar do tempo podem atingir grandes áreas com coloração acinzentada.