O gênero Conyza contempla um grande número de espécies. Três delas estão registradas como de importância para a agricultura brasileira: Conyza bonariensis, Conyza canandensis e Conyza sumatrensis. São plantas anuais, eretas, que produzem grande quantidade de sementes chegando, a 200 mil ou mais por planta. São fotoblasticas positivas ou seja de luz para germinar, por isso sua presença é mais restrita nas áreas ocupadas por culturas com boa formação de palhada, como trigo, aveia e braquiária ruziziensis. Nas áreas de pousio as sementes de buva encontram condições ideais para germinação e desenvolvimento. As sementes são pequenas, pesando cerca de 2000 vezes menos que o peso de um grão de soja, não são dormentes e se disseminam com facilidade pelo vento. Estas espécies germinam bem no período de entressafra, momento ideal para o controle, pois plantas acima de 5 a 10 cm costumam rebrotar e recuperar o desenvolvimento. Foram identificadas no Brasil biótipos das três espécies resistentes ao glifosato, inibidor da EPSPs (glifosato), e de C. sumatrensis também ao clorimuron, inibidor da ALS. A identificação a campo não é fácil de ser realizada, sendo preciso considerar inúmeras características em detalhes, mas cabe destacar algumas facilmente visíveis. A Conyza bonariensis possui folhas com margens lisas, podendo em certas variedades apresentar finos dentes. Os ramos da parte central da planta são maiores e ultrapassam o topo do caule. A Conyza canadenses possui folhas com margens dentadas e os ramos laterais não excedem ao topo, deixando a planta em forma piramidal. A Conyza sumatrensis também apresenta forma piramidal, porém a haste principal apresenta maior pilosidade do que a C. canadenses.